sexta-feira, 9 de maio de 2008

1001 discursos

Não me pergunte quem é Robert Schiller, e nem se é assim que se escreve esse nome. Tudo que sei sobre ele é esta frase: “Não sou quem penso ser. Não sou quem você pensa que sou. Sou quem penso que você pensa que sou”.

Por muito tempo eu achei que fosse o único a manter ‘no porão da minha alma’ um ‘monstro à minha imagem e semelhança’ e apresentar às pessoas outro monstro, à imagem e semelhança da sociedade. E o fato de perceber que não sou não fez com que se acabassem as crises de nojo-próprio, só passei a me ver como os mais nojentos entre todos. Mas sei que nunca demonstro – ou ‘desmonstro’ – esses momentos de insanidade. Sei que tenho feito um bom trabalho. Consigo agir como penso que você pensa que o Diego agiria. Consigo falar o que penso que você pensa que o Diego falaria. E o mais incerto – e insserto – na sociedade é que criamos relações interteatrais: eu faço meus monólogos pensando em como você é, mas você também faz os seus. Isso explica muitos problemas de relacionamento.

Política. Enganação mútua. Di-ego.

Fica fácil agradar às pessoas porque elas não se importam com a essência. A ética é burra, mecânica. Bateristas, por exemplo, veneram a palavra percutir. Como músicos poderiam bater em seus instrumentos, ora bolas? Pense, agora, em um tom de voz bem apático. Ainda não tá bom, piore. Atribua a esse tom um “Tudo bom, Diego?”, foi o que eu ouvi de uma telefonista ontem.

Eu também gosto de ser agradado, lógico. Telefonistas normalmente não conseguem, mas melhores amigos sim. E se você está lendo isso agora, agradeça (bata) ao Richard, porque ele alimentou um de meus monstros: “Cara, faz um blog pra você”.



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A partir de agora, sempre que você estiver viajando entre um blog e outro, fique à vontade pra fazer escala por aqui. Tome um cafezinho. É você quem manda: alguns bebem com leite, outros com creme; alguns com açúcar, outros com zero cal. Outros, ainda, podem usá-lo para encharcar biscoitos. Encha a cara se quiser. Mas que fique bem claro que não me responsabilizo se você quiser acompanhar o café a um cigarro, ou embebedar seus monstros.

Um paradigma eu tenho certeza de que vou quebrar: todos vão perceber que nem todo café vicia.

3 comentários:

Unknown disse...

Hahaha! Até perece, Diego. Você que tinha que fazer um blog anetes de mim. Pois assim eu me inspiraria em você!

GPISFA disse...

acho q vou excluir o meu... diante de tanta coisa legal às vezes acho o meu chato. só não é mais chato que o do Richard... kkk
bjin

Unknown disse...

Definitivameente, eu nunca vo fazer um blog cara, ioaioaoioiaia
mas eu amo o seu, é fofo *-*'

tee amoo ;*: